“Eu vim para servir” (Mc 10,45)
Queridos internautas! Piraporanos e romeiros!
Saúdo a todos e a cada um, deseja paz e amor no vosso coração e no vosso lar. O Tempo da Quaresma está correndo. Logo chegaremos na Semana Santa. É bom lembrar o nosso interior que este Tempo Litúrgico é um tempo de graça, onde somos convidados a nos “convertermos” ainda mais, ou seja, nos aproximar do Senhor, aprofundando a nossa intimidade com o Senhor Bom Jesus. Sendo assim, partilho uma pequena, mas significativa experiência com vocês.
Recentemente recebi um convite especial de fazer uma refeição num restaurante em São Paulo. E neste dia, tive a grata satisfação de me encontrar com o simpático e atencioso Carlos Bittencourt, que me apresentou ao comunicativo Adriano Pires que escreve em jornais sobre temas ligados à economia. O que era para ser uma rápida saudação tornou-se uma longa e agradável conversa com troca de experiências, à luz de muita alegria e entusiasmo.
De tudo o que conversamos, quero registrar aqui nestas rápidas linhas, o testemunho convincente do Adriano, a respeito de sua mãe que já ultrapassou os oitenta anos de vida, de história e de missão. Ela mora no Rio de Janeiro, mas, não parou de viver a vida com intensidade, com garra e acima de tudo com muita fé. Destaco três pontos que são uma verdadeira lição de vida para todos nós.
Ela gosta de ajudar a comunidade onde mora e participa. Alguns chegam até questioná-la. Mas, será que a senhora não está exagerando? Ajudando demais? E lá vem a resposta da sabedoria adquirida com a escola da vida. Gosto de ajudar. E ajudar me faz bem, diz a senhora Audina. Muito parecido com Jesus quando diz: “eu não vim para ser servido, mas, vim para servir”.
Ela é uma mulher feliz, cheia de entusiasmo, diz o filho a respeito da mãe. Como é bonito e admirável, quando uma pessoa encontra sua felicidade e não a perde no decorrer das décadas. Mais bonito ainda quando esta felicidade está atrelada à fé, à generosidade e ao altruísmo. Quando a felicidade vem da bondade, nenhuma tempestade arranca este tesouro da nossa vida.
Ele conta que ela na idade que está, tem sonhos. E um dos sonhos é levar um grupo de pessoas, como peregrinos à Fátima, em Portugal. Esta história é uma profunda confirmação de uma ideia que repito muitas vezes, ou seja, uma pessoa não começa a morrer quando fica enferma ou sofre algum acidente, mas, sim, quando deixa de sonhar. A capacidade de sonhar rejuvenesce o coração, a alma, e a vontade de viver. Tenho certeza que histórias como essa da Dona Audina nos impulsionam a sonhar mais e a viver melhor. Esta é uma linda história que a vida real está nos contando!
Que nossa alegria em servir se multiplique em histórias que a vida possa contar e testemunhar, mostrando que o amor nos leva a servir e torna o nosso servir numa realização!
Que o Senhor Bom Jesus continue abençoando a nós e a nossa família!
Pe. Silvio Andrei Rodrigues
Pároco do Santuário Diocesano do Senhor Bom Jesus
Pirapora do Bom Jesus – SP