“… adoeci e me visitastes”(Mt 25,36).
Queridos internautas! Irmãos e irmãs!
 
Desejo fazer uma partilha de algo que me tocou profundamente. Recentemente visitando algumas pessoas que estão em clínicas e hospitais, ouvi e vi histórias de vida e de fé.
 
 Por melhor que seja um hospital e por mais zelosos que sejam os profissionais
 
que exercem sua profissão, ninguém gosta de ficar internado. De modo geral, as
 
pessoas que aí precisam ficar, querem logo receber alta e voltar para casa. Aliás,
 
a casa da gente é para ser sempre o lugar ideal onde nos recuperamos de tudo e
 
readquirimos o nosso bom estado físico.
 
Por outro lado, acredito que sempre é possível tirar alguma boa lição de todos
 
os lugares por onde passamos, gostando ou não dos mesmos. Com olhos,
 
ouvidos e coração abertos e atentos, seguramente vamos sempre aprender algo
 
de bom.
 
Não faz muito tempo, estive no Hospital AC Camargo, localizado no Bairro da
 
Liberdade, em São Paulo. Claro que é um ambiente que nos faz refletir sobre a
 
vida, a saúde e até mesmo as provações que a luta contra o câncer impõe às
 
pessoas enfermas, à sua família e também aos seus amigos.
 
Durante a visita a uma querida amiga de longa data, ouvi coisas que me
 
edificaram, as quais partilho neste rápido artigo. Começo pelo testemunho dela
 
a respeito de um médico chinês que não a vê simplesmente como mais uma
 
paciente, mas, se preocupa com ela, a ponto de dizer que após três noites sem
 
dormir, finalmente iria conseguir dormir, porque ela estava melhor. Tive o
 
prazer de me encontrar pessoalmente com o doutor e apertar sua mão com
 
emoção e gratidão pelo seu exercício ministerial e sacerdotal da medicina.
 
Com lágrimas e sorrisos, esta guerreira e jovem esposa, abrindo seu coração
 
falou-me da coragem com que a filha corre atrás de tudo para que ela receba
 
todo o cuidado nesta delicada fase de recuperação. O filho, bem jovem, meio
 
que se torna pai e diz à mãe: “a senhora precisa encontrar dentro do seu íntimo,
 
razões que lhe deem felicidade”. E o marido, decidiu trabalhar o mínimo
 
necessário, para ficar o maior tempo possível à disposição dela. E disse, movido
 
pelo amor: “vou ficar ao seu lado até você se levantar. Até você ficar de pé e
 
voltar a ter sua vida normal”.
 
Desejo que estas poucas linhas sejam como um bilhete do Alto para quem
 
estiver lendo. E que de muitos outros lugares escutemos ecos de amor, doação,
 
altruísmo e empatia que podem mudar o mundo e a humanidade para melhor!
 
Que o Senhor Bom Jesus continue abençoando e protegendo a todos e a suas respectivas famílias!
 
Pe. Silvio Andrei Rodrigues
Pároco – Paróquia e Santuário Diocesano do Senhor Bom Jesus